Core Assessoria em Marketing

Fazer previsão de marketing é sempre muito arriscado, mas existem alguns indícios que já vem sendo estudados e a coerência entre eles, quanto ao presente e o futuro, nos dá evidências e segurança em apostarmos como certas, as tendências de marketing abaixo.

1. Haverá complexidade crescente nas decisões de compra dos consumidores.

Os consumidores estão usando as várias formas de mídia para tomar decisão de compra, e com a facilidade da internet, essa tarefa torna-se cada vez mais intensa. Isto trás também outro impacto, que é a dificuldade de uma única classificação das pessoas versus produtos. Categorias de consumidores de alto e baixo poder aquisitivo, como era clássico em marketing, começa a desaparecer, tornando a segmentação muito mais complexa. O mesmo consumidor pode comprar um produto de alto valor e outro de baixo valor ao mesmo tempo. As pessoas selecionam quais produtos querem comprar com uma mistura desequilibrada de emoções e racionalidade. O consumidor pode comemorar o réveillon com Champagne Veuve Clicquot em uma praia simples do litoral paulista.

2. A personalização do design de um produto e a comunicação será predominante.

Absolutamente tudo que você faz em qualquer ambiente digital deixa rastro, nada passa em branco (“82% dos consumidores globais acreditam que as empresas coletam informações demais sobre eles”). E graças a esses dados, a mídias sociais, as empresas estão aprendendo sobre os consumidores e oferecendo produtos e designs personalizados. A Netflix tem dados de seus usuários, por exemplo, de frequência de uso; quais são seus gêneros que tem preferências; por qual dispositivo consome; quantas pessoas usam o mesmo serviço; quem são os atores que mais simpatiza, etc, portanto, sabe qual será audiência que assistirá aquela determinada serie. Assim cria conteúdos baseados em comportamento de seus consumidores. Não é a toa que faz todo esse sucesso.

3. A comunicação móvel está se tornando o centro do marketing.

As empresas irão se comunicar com os consumidores cada vez mais por meio de seus dispositivos móveis, embora alguns consumidores achem esse tipo de abordagem muito invasivo. O telemarketing até hoje é considerado invasivo, mas não acabou.

4. A transparência irá ditar a relação entre consumidores e marcas.

As empresas não poderão escapar da transparência, até porque as mídias sociais estão aí para revelar tudo. Veja o exemplo do Rei do Iphone, uma marca até então desconhecida e agora pela sua honestidade e ética ganhou espaço e viralizou nas mídias sociais é o quiosque mais visitado da Rua Santa Ifigênia. (um consumidor tinha ido à Rua Santa Ifigênia, famosa pelo comércio e conserto de eletrônicos, para tentar resolver um problema no plug do celular. No primeiro quiosque visitado, o atendente nem analisou o aparelho e, apenas ouvindo o relato do problema, disse: “vou ter que abrir a peça. Vai te custar R$ 180”. Do outro lado da rua, num quiosque chamado “Rei do iPhone”, o atendente ouviu o problema e afirmou: “Está sujo”. Tirou a poeira e devolveu o smartphone. “Quanto é?”, o cliente questionou. “Nada. Mas fica com meu cartão e fala de mim para os seus amigos. O consumidor satisfeito com a honestidade do atendente, contou sua história nas mídias sociais e o Rei do iPhone, virou o queridinho de todos os consumidores da noite para o dia”).

5. O marketing personalizado baseado em dados se tornará mais amigável.

As empresas estão melhores na mira para atingir seus consumidores, graças ao grande volume de dados, estão aprendendo muito sobre quem você é do que gosta. A comunicação com a informação fica mais eficiente e personalizada. Hoje se fala muito no Big Data que é um termo usado para descrever o imenso volume de dados – estruturados e não estruturados – que impactam os negócios no dia a dia. É fato que temos um volume imenso de informação, mas o mais importante não é a quantidade de dados, mas sim o que as empresas fazem com os dados que realmente importam. O que irá distinguir uma empresa da outra é a forma de como analisa esses dados e, os utiliza para a obtenção de insights, que levam a melhores decisões e direções estratégicas de seu negócio.

6. Métricas mais precisas continuarão a surgir.

Até pouco tempo, medir o impacto das ações de marketing era um grande desafio. Mas atualmente, o marketing digital trouxe diversas formas de medir suas atividades online como curtidas no Facebook, cliques em: notícias, sites, blogs, campanha Adwords, além identificar quem se interessou pelo seu produto ou serviços, a chamada geração de leads, entre outras formas. Tudo no mundo digital é 100% mensurável. Isso possibilita analisar cada valor investido e redirecionar as ações de marketing com maior retorno.

7. A organização de marketing passará cada vez mais de silos digitais para equipes integradas.

A equipe digital e de marketing agora andam juntas. Não se pode ter mais a divisão entre elas. Na verdade o marketing tradicional e o digital são apenas canais, onde de um lado busca-se audiência e do outro os usuários. O marketing tradicional tem como objetivo obter atenção e o digital a interação. A diferença fundamental entre o inbound marketing (pratica mais eficiente de marketing digital atualmente) e o marketing tradicional, devemos destacar o fato de que o primeiro, o cliente é atraído naturalmente; ele chega até você a partir do interesse no conteúdo que você produz. Já na prática tradicional (outbound marketing), a empresa vai até o cliente e tenta convencê-lo, seja através de visitas, propagandas ou promoções. Mas para ambos o consumidor é o mesmo, com desejos e necessidades iguais. Marketing tradicional e digital funciona muito bem junto, um complementando o outro, portando as duas equipes têm que estar totalmente integradas.

Silvana A Sganzerlla | www.coremkt.com.br | silvana@coremkt.com.br

baseado em artigo de Dominique Turpin – Presidente da IMD no Meio & Mensagem.